27.2.09

ATÓMICOS: nº1/nº7

para que os atómicos, realizados até à data, sejam melhor visualizados!

21.2.09

ATÓMICO Nº 6

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o nº 6 do ATÓMICO saiu em setembro de 2008, dois anos separam-no do número anterior, o que leva-me a considerá-lo quase como um renascimento ou um despertar.

é o primeiro atómico a cores, o que se deve, para além de questões estéticas, à forma como foi realizado com o recurso ao computador, com a utilização de progamas de edição de imagem, e á internet como fonte de muitas das imagens que compõem as colagens.

o magrite surge novamente, desta vez através de uma intervenção sobre uma reprodução de uma pintura sua que apresento aqui. na minha versão o espaço recortado no vidro foi pintado de preto com um marcador conferindo uma dimensão obscura e misteriosa à imagem, que espelha aquela que penso ser a relação do homem com o real...

é perante o mistério, ou os mistérios, que questionamos e nos questionamos, que estilhaçamos realidades estáticas, é nessa dimensão que o atómico se manifesta e em mais nenhuma outra... o atómico não pretende... bombardear literalmente alguém...

o desenho que ocupa as duas páginas centrais é uma reflexão sobre aquela que me parece ser uma das formas pela qual o desespero humano se manifesta, a toxicodepência, realidade com a qual me tenho deparado profissionalmente nos últimos dois anos, mas que tocou-me desde a adolescência e fez-me pensar...

e desespero humano é o título do desenho como do livro de kierkegaard que lia por essa altura e deixei por concluir, pois exigia de mim uma concentração que ainda não disponho. todavia essa leitura, fragmentada, está bastante presente neste atómico.

aquilo que tento fazer quando escrevo aqui sobre os atómicos é enquadrá-los em relação às referências que foram e são, de certa forma, o adubo dos desenhos que compõe os atómicos, e que podem ajudar a apreende-lo mais plenamente, ou não, pois entendo que as imagens valem por si e não por aquilo que possamos dizer delas. espero contudo que elas (as palavras) sejam úteis de alguma forma. muitas outras coisas ficam naturalmente por dizer...

com este nº 6 concluo a mostra dos atómicos que antecedem o nascimento deste blogue.

8.2.09

ATÓMICO, nº 5



o atómico nº 5 saiu em setembro de 2006.
o mostrar/ ocultar presente na capa prossegue nas páginas seguintes com o nevoeiro que envolve o solitário personagem que profere uma declaração obscura... palavras ditas por Slavoj Zizek lidas num jornal...*
depois, um retrato de Albert Camus realizado após a leitura da sua obra "A Peste"(pub. 1947).**
e por fim, uma reflexão sobre os "outros", tema de um concurso de ilustração ao qual não cheguei a concorrer mas que me interessou na altura, composta por duas páginas, que embora distintas completam-se:
a primeira página é também um auto-retrato, onde apareço com uma máscara de rato ***numa directa alusão ao MAUS de Art Spiegelman, na minha opinião, um dos melhores autores de banda desenhada, como fundo temos uma reprodução da pintura de Delacroix "A Liberdade Guiando o Povo".****
na segunda uma personagem feminina (eu) lê o Maus na praia e reflete sobre a(s) Humanidade(s).*****






            *


                                            **


OS OUTROS PISAMOS COMO RATOS QUE NÃO SOMOS





                                                                   ***



desenho de Art Spiegelman.



                                                    ****


                                              *****


                                           "A Liberdade Guiando o Povo" (1830) 
                                           Delacroix, Eugene
                                           óleo sobre tela
                                           260 cm × 325 cm
                                           Louvre, Paris

7.2.09

ATÓMICO, nº 4

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o atómico nº 4 saiu em dezembro de 2005.
neste nº estão presentes: allen ginsberg, salman rushdie e thomas mann, escritores que lia por aquela altura,
temos uma IRÓNICA dedicatória ao sexagésimo aniversário da 1ª vez em que a bomba atómica foi utilizada como arma de guerra, com o bombardeamento pelos estados unidos da cidade japonesa de HIROSHIMA, matando, estima-se, cerca de 130 mil pessoas.
uma celebração sob a forma de tríptico, intitulado:

how did I learned to love the bomb

uma directa referência ao filme DR. STRANGE LOVE de stanley kubrick,


não posso deixar de recomendar vivamente BAREFOOT GEN, uma narrativa gráfica autobiográfica de keiji nakazawa que conta as peripécias de um rapaz sobrevivente à explosão de little boy sobre hiroshima, uma das maiores atrocidades alguma vez cometida pelos homens...
na montagem em cima apresentada podemos ver a capa dessa envolvente banda desenhada; imagens da devastação causada pela bomba atómica em hiroshima; uma imagem sinistra com um militar e sua espousa a cortar um bolo com a forma da nuvem causada pela explosação da bomba; uma imagem do filme de stanley kudbrick e o triptico "how did I learned to love the bomb" que desenhei para este atómico.


6.2.09

MULHER DE BIGODE

um desenho da Catarina,  que aprecio muito, foi ele (desenho) e ela (Cat) as fontes para a caracterização da quadrilha atómica em atómico na sala!


a Quadrilha Atómica, mulheres de barba rija! Aqui de bigodes bem desenhados! (da esquerda para a direita, Eu, Diana, Cat e Ana Luísa.