21.2.09

ATÓMICO Nº 6

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o nº 6 do ATÓMICO saiu em setembro de 2008, dois anos separam-no do número anterior, o que leva-me a considerá-lo quase como um renascimento ou um despertar.

é o primeiro atómico a cores, o que se deve, para além de questões estéticas, à forma como foi realizado com o recurso ao computador, com a utilização de progamas de edição de imagem, e á internet como fonte de muitas das imagens que compõem as colagens.

o magrite surge novamente, desta vez através de uma intervenção sobre uma reprodução de uma pintura sua que apresento aqui. na minha versão o espaço recortado no vidro foi pintado de preto com um marcador conferindo uma dimensão obscura e misteriosa à imagem, que espelha aquela que penso ser a relação do homem com o real...

é perante o mistério, ou os mistérios, que questionamos e nos questionamos, que estilhaçamos realidades estáticas, é nessa dimensão que o atómico se manifesta e em mais nenhuma outra... o atómico não pretende... bombardear literalmente alguém...

o desenho que ocupa as duas páginas centrais é uma reflexão sobre aquela que me parece ser uma das formas pela qual o desespero humano se manifesta, a toxicodepência, realidade com a qual me tenho deparado profissionalmente nos últimos dois anos, mas que tocou-me desde a adolescência e fez-me pensar...

e desespero humano é o título do desenho como do livro de kierkegaard que lia por essa altura e deixei por concluir, pois exigia de mim uma concentração que ainda não disponho. todavia essa leitura, fragmentada, está bastante presente neste atómico.

aquilo que tento fazer quando escrevo aqui sobre os atómicos é enquadrá-los em relação às referências que foram e são, de certa forma, o adubo dos desenhos que compõe os atómicos, e que podem ajudar a apreende-lo mais plenamente, ou não, pois entendo que as imagens valem por si e não por aquilo que possamos dizer delas. espero contudo que elas (as palavras) sejam úteis de alguma forma. muitas outras coisas ficam naturalmente por dizer...

com este nº 6 concluo a mostra dos atómicos que antecedem o nascimento deste blogue.

2 comentários:

Anónimo disse...

broken glasses are broken mirrows.

Broken bottles, broken plates,
Broken switches, broken gates,
Broken dishes, broken parts,
Streets are filled with broken hearts.
Broken words never meant to be spoken,
Everything is broken.


Broken cutters, broken saws,
Broken buckles, broken laws,
Broken bodies, broken bones,
Broken voices on broken phones.
Take a deep breath, feel like you're chokin',
Everything is broken.


xxxxxx
cat

Teresa Verdier disse...

Broken words never meant to be spoken!

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